Devido à vulnerabilidade da região do joelho, pode ocorrer fraturas decorrentes de traumas ou entorses do joelho.

O que são Fraturas do Joelho?

Os joelhos são umas das principais articulações do corpo humano. Eles são responsáveis por suportar todo o peso advindo das estruturas acima dele e também garante grande parte de toda a estabilidade durante exercícios e atividades físicas. Nele, encontram-se diversas estruturas, como ossos, cartilagens, tendões, ligamentos e inclusive músculos.

Como toda a articulação, o joelho é composto de vários ossos, são eles: tíbia, fêmur, fíbula e patela. Cada um deles tem uma função diferente. O fêmur, o maior osso do corpo humano, é responsável por carregar grande parte do peso corporal e sofre desgaste com o tempo – até por conta disso ele é alvo constante de fraturas em idosos. Ele conecta o quadril à articulação do joelho.

A patela, por sua vez, garante parte da estabilidade articular e conecta tendões e músculos situados acima e abaixo dela. A tíbia, que fica logo abaixo da patela, é o segundo maior osso do corpo humano depois do fêmur. Ela é responsável por se articular com diversos ossos e músculos dos joelhos e pernas por meio dos movimentos de extensão e flexão.

Já a fíbula, osso paralelo à tíbia, não é destinada à sustentação do peso corpóreo, mas sim aos músculos que se fixam nela. Apesar de ser fina, ela se articula tanto à tíbia como ao tálus, osso do tornozelo.

Devido à vulnerabilidade da região, pode ocorrer uma fratura no joelho, que nada mais é do que um osso quebrado ou mesmo trincado. Normalmente são traumas de alta energia raramente em esportes como futebol, basquete ou vôlei vai se ter fratura, pode acontecer nas inserções dos ligamentos. são mais frequentes em acidentes de alta energia de trânsito, principalmente de moto o que é muito comum onde pressão facilitam que uma fratura ocorra.

 

Quais as causas?

Por ser uma região vulnerável e de uso contínuo, o joelho se torna alvo de inúmeras causas que possibilitam fraturas. Imprevistos domésticos, como sofrer um tombo ou cair da escada, acidentes de automóveis ou motocicletas, atropelamento e até mesmo impactos durante esportes como o futebol ou lutas, são situações com grande potencial para causar fratura. Todavia, essas lesões também podem acontecer devido a estresse e trauma crônicos, como é o caso de atividades esportivas que exigem muito do joelho.

Como em rachaduras encontradas em construções após tremores de terra, as fraturas advindas de lesões ósseas são diferentes umas das outras. Atualmente a comunidade médica trabalha com quatro tipos de fraturas: oblíqua, onde o osso sofre uma pequena rachadura que nem chega a quebrá-lo completamente; cominutiva, que é quando a fratura quebra o osso em mais de dois pedaços, de modo a distanciá-los.

Outro tipo de fratura, que exige bastante atenção, é a espiralada, que é quando a fratura se estende em diferentes partes do osso, criando múltiplas rachaduras em espiral. A última, fratura exposta, é uma das mais complexas e exige intervenção cirúrgica. De qualquer modo, o mais comum é que rupturas ósseas no joelho sejam causadas por traumas diretos e indiretos.

Apesar de existir quatro tipos de fraturas diferentes, cada osso do joelho apresenta um tipo de ruptura diferente, com diferentes causas. A quebra da patela, por exemplo, é alvo constante de impactos diretos, quando eles são mais potentes que a capacidade dela como em acidentes de carro, passo em falso com uma queda sobre o joelho fletido ocorrendo então a fratura.

No caso da Tíbia, o que ocorre é um golpe direto sobre a parte superior dela, alvo constante em acidentes de bicicleta. Ainda na parte superior da tibial, a fratura do tubérculo tibial que seria a borda do osso ocorre de forma mais comum durante esportes com salto, como handebol ou ginástica.

Por fim, a ruptura do platô tibial, que também fica na parte superior da tíbia, mais próxima do joelho, é alvo constante de lesões advindas de acidentes, que podem romper a região. Em idosos, a lesão ocorre com mais facilidade, mas ainda assim o paciente pode suportar o peso corporal.

Contudo, por ser uma região complexa e que envolve não somente ossos, mas também tecidos moles, a fratura pode causar a lesão ou rompimento de ligamentos ou tendões, como é o caso das Lesões Ligamentares do joelho, sendo a mais comum e famosa delas a Lesão do Ligamento Cruzado Anterior. Isso se dá por ser um dos quatro ligamentos do joelho mais vulnerável a sofrer com fraturas e lesões.

 

Quais os sintomas?

Existem diferentes tipos de sintomas, mas a dor lancinante é a principal delas que indica o joelho quebrado (uma das maiores dores é a dor óssea). Contudo, um osso fraturado ou trincado, torna a pessoa incapaz de movimentar o joelho. Também é possível notar grande sensibilidade, edema e rigidez no local.

Nas horas seguintes ao trauma, há o surgimento de edema na região, que nada mais é do que o inchaço. Em grandes fraturas, onde o osso se fragmenta em várias partes ou quando há fratura exposta, é visivelmente possível notar a presença de hematoma ou derramamento de líquido interno.

De qualquer modo, cada fratura no joelho carrega marcas e características diferentes. Na patela, por exemplo, que auxilia os movimentos de flexão e extensão, o paciente não consegue estender o joelho e sente dor em grande parte do joelho. Ao passo que em rupturas do fêmur, o mais comum é notar dor e hematoma na região média do osso, que se situa entre o osso do quadril e do joelho.

Já no caso da fratura tíbia, os sintomas são diferentes: se for no tubérculo tibial, a dor é próxima das articulações e impossibilita estender o joelho. Nas fraturas do platô tibial, a dor pode estar relacionada a rupturas dos ligamentos do joelho, como colateral medial, lateral ou ligamento cruzado anterior.

 

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é feito clinicamente por um ortopedista especialista em joelho com o auxílio de exames de imagem que ajudam o profissional a identificar o tipo de fratura. Mas primeiramente, o médico analisa alguns dados do paciente, como: histórico de saúde familiar e individual, sintomas e também a rotina dele. Para agilizar a consulta e diagnóstico, o paciente pode anotar essas informações antes do atendimento.

O segundo passo é o exame físico, onde o médico vai analisar a região da dor em busca de inconsistências, falhas, sensibilidades, hematomas ou edemas que caracterizem uma fratura. Ele pode pedir que o paciente tente realizar alguns exercícios para esticar ou flexionar o joelho, no intuito de verificar até onde vai a incapacidade advinda do trauma.

Já o terceiro passo, é verificar o que de fato está errado nas estruturas internas por meio de exames de imagem. A radiografia, um dos exames mais usados para o diagnóstico de fraturas no joelho, visa verificar o estado em que os ossos se encontram, se há fragmentos ou se eles estão fora do lugar.

Já a tomografia computadorizada, visa olhar as estruturas internas de modo mais eficiente, no intuito de se avaliar outros detalhes da fratura. A ressonância magnética é muito importante também para o diagnóstico principalmente das fraturas chamadas ocultas que não aparecem em radiografias convêncionais.

 

Quais são as opções de tratamento disponíveis?

As opções de tratamento se dividem em duas categorias: tratamento conservador ou convencional e tratamento cirúrgico. A primeira opção se resume a tratar pequenas lesões e fraturas que não precisem de uma intervenção cirúrgica. Já a segunda opção, é indicada para fraturas expostas ou complexas, onde os fragmentos tenham se espalhado muito e só possam ser tratados com o uma cirurgia do joelho.

Algumas fraturas simples, como aquelas desprovidas de desvio do joelho quando ele se estende completamente, podem ser tratadas com imobilização por gesso ou tala ortopédica durante um período estimado de seis semanas. Para diminuir inchaço e dor, o médico pode prescrever medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios ao paciente. Cuidados auxiliares, como usar muletas ou permanecer sobre repouso melhoram o progresso da reabilitação.

Contudo, no caso das fraturas no joelho mais complexas, as cirurgias mais indicadas são a cirurgia de redução e a de fixação dos ossos. Dependendo da gravidade do trauma, esse tipo de cirurgia pode ser feito por meio de artroscopia, um tratamento mais simples, eficaz e pouco invasivo.

Ele consiste em realizar três pequenos cortes na pele, em um deles vai uma micro câmera capaz de verificar as estruturas internas além de transmitir as imagens para uma tela. Nas duas outras incisões, são inseridos os instrumentos necessários para o procedimento.

Se a fratura for exposta, então é importante o cirurgião limpar a parte fraturada e retirar tecidos necrosados ou corpos estranhos, e colocar fixador externo como primeiro passo do tratamento. É importante também que o paciente tome antibióticos prescritos pelo ortopedista especialista em joelho, assim, a chance de haver uma futura infecção se reduz drasticamente. A fixação dos ossos pode ser feita com placas, pinos e parafusos de titânio, garantindo que o osso fique no lugar e não se desloque novamente.

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